É realmente um momento muito difícil esse que estamos passando desde março de 2020 quando tivemos a confirmação do primeiro óbito causado pelo novo coronavírus no Brasil. Passou um ano e tudo se agravou ainda mais com a pandemia, hoje os relatos e números são crescentes tanto na contaminação quanto nos autos índices de internação e mortes causados pela Covid-19. Portanto, nós do Instituto Raízes em Movimento, já estamos com os cuidados redobrados desde o inicio do mês de março de 2021 quando iniciamos alguns de nossos projetos.
Dia 27 de fevereiro, por exemplo, demos inicio ao projeto Faveladoc 3.0, de forma presencial com a participação de toda equipe e das(os) participantes, jovens moradoras(es) do Complexo do Alemão. Foi uma recepção tranquila, com um café da manhã de boas vindas e muita expectativa para o processo que ali seria iniciado. Nossos planos era realizar, a partir daquele momento, encontros presenciais já nas próximas aulas. Infelizmente não foi o que ocorreu.
Não demorou muito para as noticias sobre o avanço da contaminação começarem a ser mostradas. Já naquela semana os números já eram assustadores e, portanto, decidimos que começaríamos o processo de formação do Faveladoc de forma remota, ou seja, virtualmente em alguma plataforma de web conferência. E, desde então, é assim que estamos trabalhando.
Optamos por esse caminho por estarmos dentro de uma das favelas mais movimentadas do país, onde também tem crescido gradativamente os números de contágios. Não podemos subestimar um vírus como a Covid-19 que tem sofrido mutações ainda mais resistentes, criando incertezas para o futuro e dilacerando vidas.
Por ora manteremos nossas atividades de forma remota até que tenhamos uma redução simbólica no caos que estamos vivendo com a disseminação frenética do coronavírus. AS aulas do Faveladoc permanecem virtuais e todas gravadas. Adiaremos o inicio do projeto que prevê um “Plano de Ação Popular do Complexo do Alemão”, que tem apoio da UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas, no âmbito do Edital Nas Trilhas de Cairo, entre outras ações. Vamos em frente promovendo o autocuidado entre nossas(os) colaboradoras(es) e o território. Se puder, fique em casa.
Favela Viva.
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