HISTÓRIA DO CPX

Antes da colonização portuguesa, as áreas próximas à região eram habitadas pelos índios Tamoios, que viviam às margens do Rio Timbó – nome dado em função do cipó “timbó”, utilizado para envenenar a água e facilitar a pesca. Muito após o extermínio dos Tamoios, os jesuítas se estabeleceram na região – já no século XVIII -, dando origem à Fazenda de Inhaúma e seus engenhos. Expulsos os jesuítas, em 1760, suas terras foram desmembradas em várias fazendas que deram origem aos atuais bairros de Ramos, Bonsucesso, entre outros.

A ocupação da Serra da Misericórdia ocorreu no início do século XIX, com Francisco José Ferreira Rego. Por ocasião de sua morte, os herdeiros venderam as terras para Joaquim Leandro da Motta. Esse, por sua vez, dividiu sua propriedade em grandes lotes, vendendo um deles para Leonard Kacsmarkiewiez, polonês refugiado da Primeira Guerra Mundial.

O polonês, de nome difícil, logo foi apelidado pelos cariocas de “alemão” e a área que era de sua propriedade passou a ser conhecida como o Morro do Alemão. Ainda nos anos 1920, se instalou, na região, o Curtume Carioca e, na sequência, muitas famílias de operários se instalaram nas imediações. A abertura da Avenida Brasil, em 1946, acabou por transformar a região no principal polo industrial da cidade.

A partir da década de 1940, iniciou-se a ocupação das áreas das atuais comunidades de Nova Brasília e Itararé. Na década de 1950, a ocupação se ampliou e surgiram as comunidades dos Morros do Alemão, da Esperança, dos Mineiros e do Relicário. Em 1961, foi ocupado o Morro da Baiana e, a partir dos anos de 1970, surgiram a Fazendinha, o Reservatório de Ramos e o Parque Alvorada – Cruzeiro (1982). No final da década de 1980, o conjunto de favelas que ocupam o leste da Serra da Misericórdia e suas adjacências viria a formar a XXIX Região Administrativa Complexo do Alemão. O bairro do Complexo do Alemão compreende toda a região administrativa, ocupando 437.880 m². O ponto culminante dos morros locais está a 138m de altura em área com cobertura florestal. Foi delimitado pela Lei Nº 2055, de 09 de dezembro de 1993, alterando os limites dos Bairros de Olaria, Ramos, Bonsucesso, Inhaúma e Higienópolis.

Apesar da rede de abastecimento de água chegar à maioria das casas, ainda há moradores que se abastecem de poços artesianos e de algumas nascentes de água locais. Embora o Censo 2000 registre que 84% dos domicílios de favela do bairro possuem rede de esgotamento sanitário, podem ser constatadas áreas específicas onde há valas a céu aberto e despejo de esgoto in natura nos corpos hídricos.

Fonte: Wikifavelas

David Amen - CEPEDOCA - RAIZES EM MOVIMENTO

Escrito por:

Cria do Complexo do Alemão, jornalista, grafiteiro, ilustrador e videomaker. Co-fundador do Raizes em Movimento. Coodernador de comunicação do projeto Memórias Faveladas.

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